dedico ao meu amigo Wander Porto
o meu poema
teve um surto.
psicótico, começou
a despir-se.
primeiro
livrou-se das consoantes
depois, das vogais.
uma a uma.
jogou em mim o a,
depois o i, o u, o é e,
praticamente nu,
ficou de costas.
ao som de um funk carioca
foi baixando, baixando e,
dando uma empinadinha
mostrou o
ó
que faltava.
xavier
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