terça-feira, 13 de junho de 2017

Antagônicos

David Winne

do começo do fim
ao fim do começo
durmo pensando
se amanheço

quando em algo entro
de algo sempre saio
daqui nada se leva
esvazie o balaio

no silêncio, o profundo
na fala, as superfícies
as colinas do mundo
morrem planícies

lutando dentro do caos
o ordeiro é vencido
o banco das memórias
guarda o esquecido

altura gera o medo
do chão seguro
o dia em segredo
corre pro escuro

confesso que não sei
não dá pra entender
por que tanta vida
nasce pra morrer




xavier

Nenhum comentário:

Postar um comentário